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Respira. Respira. Respira. E prepara-te para um novo mundo.

Saturday, March 30th, 2019

Por Inhabit

Uma multiplicidade de pessoas, espaços e infra-estruturas formam a base onde territórios autónomos e poderosos tomam forma. Tudo para todos. A terra é dada para uso comum. A tecnologia é quebrada e libertada. Tudo uma ferramenta, tudo uma arma. As linhas de abastecimento autónomas quebram o estrangulamento económico. Redes integrais fornecem comunicação em tempo real para aqueles que sentem que uma vida diferente deve ser construída. Enquanto os governos falham, os territórios autónomos prosperam com um novo sentido de que, para sermos livres, temos de estar ligados a esta terra e à vida nela. Os enclaves do tecno-feudalismo são pilhados pelos recursos. Enfrentamos as forças em declínio da contra-revolução com as opções: o inferno ou a utopia? Ambas as respostas nos satisfazem. Finalmente, chegamos ao limiar – sentimos o perigo da liberdade, o abraço de viver juntos, o milagroso e o desconhecido – e sabemos: isto é vida.

Se acabó.  Agacha la cabeza Y  checa el  apocalypsis en  tu teléfono.

Saturday, March 30th, 2019

Observa mientras Silicon Valley re- emplaza todo con robots. Nuevos cultos fundamentalistas mortales hacen que ISIS parezca juego de niñxs. Las autoridades lanzan una aplicación de geolocalización para delatar a inmigrantes y disidentes políticos en tiempo real; mientras que los metafascistas financian campos de concentración de manera colectiva. Los servicios gubernamentales fallan.

Los Políticos hacen uso de medidas cada vez más Draconianas y la izquierda sigue ladrando sin dientes. Mientras tanto, los glaciares se derriten, incendios salvajes arden, el Huracán Lo Que Sea ahoga a otra ciudad. Antiguas plagas reemergen de la descongelación del permafrost.

Trabajo infinito mientras los ricos se benefician de la ruina. Finalmente, sabiendo que no hicimos nada, perecemos, compartiendo nuestra tumba con toda la vida del planeta.

https://es.inhabit.global

Não haverá um futuro global.

Tuesday, March 26th, 2019

Darei por certo que vocês, leitoras e leitores, entendem a irrealidade ingênua de tais “grupos de pressão”, mas vale a pena prestar atenção nessas tendências ao analisar campanhas menos institucionalizadas contra as mudanças climáticas.

Existem três tendências principais por onde muitas costumam transitar erraticamente.

Primeiro estão as que têm crenças similares às do Greenpeace (entendendo a “ação direta” como estratégia de conscientização ou grupos de pressão cidadã).Em seguida, estão as que usam o discurso das mudanças climáticas para alentar mobilizações locais que,ainda que provavelmente não tenham efeito algum sobre as mudanças climáticas, pelo menos mantêm objetivos práticos e realizáveis,como, por exemplo, parar a destruição de um ecossistema determinado, o empobrecimento da qualidade de vida de uma comunidade, ou simplesmente aumentar a capacidade de autogestão.

Por fim, estão as anticapitalistas nostálgicas que concebem “a justiça climática” como a metamorfose do imaginário “movimento alterglobalização” (nota-se que a expressão “antiglobalização” tem caído em desuso).Um escritor anônimo descreveu muito bem essa última tendência:

[Quando as ativistas] tentam nos convencer de que esta é “a última oportunidade de salvar o planeta”(…) o fazem com a intenção de construir movimentos sociais.(…) Nos últimos anos, nos círculos radicais,ronda uma tendência crescente e perturbadora baseada na ideia de que um positivismo cego pode con-duzir a vitórias interessantes e inesperadas.Os livros de Michael Hardt e de Tony Negri trouxeram algumas bases teóricas para sustentar essa afirmação;algumas pessoas as adotaram para unir as massas sob a bandeira da precariedade, organizar as imigrantes e criar mobilizações durante os encontros.Para muitas da tradição esquerdista foi a mensagem de esperança que estavam esperando ouvir em tempos em que sua ideologia parecia mais débil que nunca.(…) As teóricas, que supostamente compreendem ao capitalismo o suficiente, escrevem que o mo-mento das liberdades para todos e uma renda básica universal são objetivos realizáveis.É possível que nem mesmo acreditem no seu próprio discurso; ainda assim, se esforçam para inspirar a outras para que o façam, argumentando que os “excessos” gerados por esses sonhos utópicos originaram movimentos potentes para mudança.A mudança climática(…) é, sem dúvida, o laboratório experimental adequado para políticas de esperança pré-fabricadas,às quais somos alheias.No entanto, enquanto os políticos (aqueles dinamizadores, não autoritários) assistem como prosperam seus partidos, ainda existemrazões para viver no mundo real.

As novas referências se parecem com as antigas.Tanto umas quanto outras consideram que um futuro global só será possível se nos organizarmos.Porém, de fato, – seja dentro dos ecossistemas em geral, como no espírito das pessoas em particular – não há um único futuro mundial possível e nenhuma comunidade imaginária, tanto estatal como “popular” (ou as duas juntas como proposto na conferência de Cochabamba), pode deter a mudança climática.

Dada nossa óbvia incapacidade de refazer o mundo inteiro a nossa maneira, alguns substituem o mito da “revolução mundial”pela crença em um “colapso mundial” iminente, hoje em dia uma combinação de mudança climática e pico do petróleo.Como veremos mais adiante – tanto nos capítulos seguintes – como nos anos que virão – o aquecimento global trará um sério desafio à civilização em algumas áreas e a aniquilará em outras.Apesar disso, em algumas regiões, certamente, se darão as condições necessárias para que a civilização se propague.Alguns lugares se manterão (re-lativamente temperados), tanto climatológica como socialmente.Da mesma forma que a civilização, a anarquia e as anarquistas serão seriamente desafiadas; às vezes aniquiladas.As possibilidades– para a liberdade e para a vida selvagem – aparecerão e desaparecerão.A desigualdade que caracteriza o presente será aprofundada.Não haverá um futuro global.