Os terrenos fantasmas alimentam a explosão demográfica

“Sejam prósperos e multiplicai-vos, e povoem a terra, e a submetam: e governem
sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todas as bestas
que se movem sobre a terra.” – Bíblia, Genesis 1:28.

 

A burned truck and structures are seen in the wake of the Butte Fire, which burned over 70,000 acres, on September 13, 2015, near San Andreas, California.

O crescimento do capitalismo industrial foi acompanhado de um vasto incremento da população humana. Na atualidade, somos aproximadamente sete bilhões, em comparação com os 600 milhões do início do século XVIII. Este salto aconteceu em tão somente
13 gerações e isso, em grande parte, não foi acidental. Silvia Federici expôs claramente que um dos fundamentos chaves
para o começo do capitalismo foi a destruição do controle da mulher sobre sua própria fertilidade.

Os ventres se converteram em território público controlado pelo homem e o estado e a reprodução foi colocada diretamente a
serviço da acumulação capitalista. Ainda que tenha sido o capitalismo que o impôs e permitiu essa expansão massiva, o fez seguindo uma antiga tradição de civilizações só que desta vez amplificada através da tecnologia.
Nasci em meados de 1970, quando a população humana era de 4 bilhões; para o dia em que eu morrer (não antes de 2050, espero)
a ONU calcula que a população na terra superará os 9 bilhões de qualquer forma, estas previsões assumem que haverá
mais do mesmo. Se isto acontecerá ou não, depende de três fatores estreitamente relacionados: controle de natalidade, controle de
mortalidade e recursos alimentares.

 

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